Coleta de sementes

As turmas do Ensino Médio coletaram sementes de sibipiruna, jacarandá mimoso e paineira rosa.
Nesta tarefa tivemos a orientação de Engenheiro Florestal José Augusto Bolorini.
As semente coletadas serão destribuídas da Feira Pedagógica do Colégio, amanhã, 29/09.
O tema de nossa feira é "Um mundo melhor começa em nós mesmos".
Os trabalhos estarão expostos das 14h às 22h e havará diversas apresentações dos alunos apartir das 16 horas. LOcal? Quadra do Colégio, claro!

Mudas e sementes...

O trabalho continua...

3ª feira, 18/09, a turma de monitores retornou ao Horto para dar continuidade ao transplante de mudas de cambucás.

Após os dois dias de trabalho conseguimos transplantar, aproximadamente, 100 mudas.

Aproveitamos a estada no horto para coletarmos sementes de sibipiruna. Estas sementes, entre outras, serão distribuídas na Feira Pedagógica, em 29/09.

Monitores trabalhando

Os monitores do Projeto Cambucás desempenharam uma nova tarefa hoje: o transplante de mudas de cambucá.

A tarefa foi realizada no Horto Municipal de Cantagalo, sob orientação do engenheiro florestal Bolorini, que colocou a garotada pra trabalhar: carregar barro e esterco pra fazer um traçado (misturando substrato para encher os saquinhos), transportar e replantar as mudas, regá-las...

Como o tempo foi insuficiente para transplantar todas as mudas, será necessário o retorno, na próxima semana, para a conclusão da atividade.

Lutando contra o fogo!

Hoje, bem no início da manhã, começou a movimentação para conter o fogo que se dirigia à Reserva.
Bombeiros, amigos da SECAN e do IEF, funcionários da Prefeitura e outros voluntários conseguiram conter o foco de incêndio que se aproximava da Reserva, produziram uma barreira para impedir que, caso o foco ressurgisse, a alcançasse e fizeram um vistoria em seus arredores para constatar se havia outros focos de incêndio.
Dessa vez a mobilização aconteceu a tempo.
Todos nós, que fazemos parte da rede de proteção da Reserva, somos imensamente gratos a esses profissionais e voluntários que enfrentaram as adversidades, o acesso difícil e os recursos precários para, mais uma vez, mostrar o tamanho de seu compromisso com a preservação e conservação do ambiente natural da Reserva dos Cambucás.

E o fogo continua...

O fogo continua seguindo seu caminho em direção à Reserva. Após subir a pedreira, ele segue através da mata.

A Reserva continua vulnerável, já que não há nenhum plano de ação estabelecido para esta situação.

Hoje, ao final da tarde, fomos até a estrada que dá acesso à entrada da Reserva e constatamos que o fogo, embora lento, está mais próximo do que imaginávamos.

Membros da SECAN (Sociedade Ecológica Cantagalense) estão se mobilizando para reunir um grupo de voluntários para tentar interceptar o fogo antes de atingir a área da Reserva. Eles solicitarão auxílio do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. Por hoje, ainda nos resta torcer para que a umidade da noite abrande o fogo...

Vale ressaltar que, independente do fato de que o fogo alcance ou não a Reserva, ele já está atingindo uma área de "mata" - que é Mata Atlântica! Ou seja: área considerada patrimônio natural, não importanto se é área ou não da Reserva dos Cambucás.

Preocupação...

Hoje passamos por momentos delicados e preocupantes.

Ao chegarmos ao Colégio observamos um pequeno foco de incêndio na base de uma pedreira, em direção à Serra da Batalha. Comunicamos ao Corpo de Bombeiros, mas até o final da manhã não tivemos retorno. Como o fogo se espalhou, subindo a pedreira e atingindo a vegetação mais alta em seu topo, entramos em contato com a Secretaria de Meio Ambiente, que rapidamente acionou o Corpo de Bombeiros que, então, foi até as proximidades do Colégio para verificar.

No entanto, os bombeiros nada puderam fazer, uma vez que o acesso ao local não era possível e para apagar o foco de incêndio seria necessário um helicóptero (segundo informação dos mesmos).

Alguns podem achar que foi precipitação a nossa solicitação aos bombeiros, mas o caminho do fogo nem sempre é previsto. De onde se espalhava, o fogo poderia seguir para o Passos dos Reis, ou continuar subindo a Serra da Batalha e atingir a Reserva dos Cambucás e a Fazenda de Lavrinhas. A distância, em kilômetros, entre o foco de incêndio e a Reserva é curta e não há barreiras naturais para impedir a propagação do fogo.

Por isso, não encaramos como precipitação e sim como preocupação.

Infelizmente pudemos constatar como nossa Reserva está extremamente vulnerável a situações como essa. E o incômodo é imaginar que, talvez, tenhamos que passar por por uma situação extrema para que alguma ação seja feita. Caso haja um foco de incêndio mais próximo a Reserva é provável que não haja tempo para protegê-la, porque será fácil alegar que o acesso é difícil, que é necessário vir um helicóptero, que a prioridade é para incêndio próximo à residências...

Mas, muito mais fácil do que apagar um incêndio é tomar providências para que ele possa ser impedido de atingir a área da Reserva, como a preparação de um acero ao seu redor (incluindo as áreas particulares com cobertura vegetal no entorno da Reserva). Talvez seja hora, também, de preparar voluntários que possam auxiliar o trabalho dos bombeiros nesta época do ano, em que nossa região fica vulnerável às queimadas.

Será necessário nos mobilizarmos para que as ações preventivas possam começar a acontecer.

Suas idéias e ações serão bem recebidas.

Desfile Cívico - 7 de setembro

Neste ano nosso Colégio participou do Desfile Cívico de 7 de setembro ressaltando seu envolvimento e compromisso com a preparação de alunos social e ambientalmente responsáveis. Sendo assim, como não poderia deixar de ser, destacamos a participação dos alunos no Projeto Cambucás.

Alunos do Colégio que não estão diretamente envolvidos com o Projeto Cambucás compraram a idéia e já estão se programando para as próximas atividades (no final de setembro e em outubro).

Nas fotos desta postagem destacamos os alunos do 1º ano do Ensino Médio, monitores do Projeto.

O Projeto Cambucás e a Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambinete / FIOCRUZ

Em 2002 inscrevemos o Projeto Cambucás na I Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente, promovida pela FIOCRUZ (e outras instituições ligadas à pesquisa). Alcançamos o 1º lugar na Regional Sudeste (RJ, SP e ES) e 3º lugar Nacional.

Este prêmio foi importante não apenas para o Colégio, mas, principalmente, para os alunos que participaram da 1ª etapa do Projeto. Para estes alunos, cujo o envolvimento e dedicação ao trabalho na Reserva foi intenso, receber o Prêmio na sede da FIOCRUZ foi o ponto máximo! A alegria deles neste momento foi contagiante e emocionante. Pareciam "crianças" que ganharam um presente totalmente novo, mas o presente só chegou porque trabalharam com o coração de criança e com o compromisso de gente do bem...

Hoje, a maioria dessa turma está se formando. Serão advogados, engenheiros, jornalistas... Mas como um deles disse mais tarde, eles já são ambientalistas.

Você sabe como "nasceu" o Projeto Cambucás?

Estes são os alunos das turmas de Ensino Médio, do Colégio Euclides da Cunha, que participaram da 1ª etapa do Projeto Cambucás, em 2001.

Os alunos se interessaram em visitar a Reserva dos Cambucás, pesquisar a sua história e as caracteríticas próprias desse ecossistema.

Antes da visita os alunos realizaram uma pesquisa detalhada sobre a Mata Atlântica, caracterizando seu relevo, fauna, flora, distribuição geográfica, parques e reservas florestais, regime de chuva etc.

Sobre a história que cerca a Reserva, a pesquisa envolveu coleta de depoimentos (história oral), estudo de documentos e livros. A reunião dos dados hsitóricos coletados levou os alunos a produzirem um interessante texto coletivo, que traz informações sobre o surto de febre amarela, no início do século XX, que sacrificou demasiadamente a população de Cantagalo. (Vamos divulgar este texto depois.)

Os alunos desenvolveram diferentes tarefas na primeira visita à Reserva: marcação da trilha de acesso ao poço de coleta d'água, coleta de solo, medição do volume de água da cachoeirinha, identificação de artrópodes, aves e de rastros de mamíferos e répteis, identificação de árvores com placas, plantio de mudas de cambucá e outras árvores nativas, medição de temperatura em diferentes pontos etc

Os dados coletados durante a visita se somaram aos coletados na pesquisa de história e aos dados sobre a Mata Atlântica, constituindo assim, um trabalho informativo de qualidade.

Todas estas informações foram reunidas em um Cd-Rom, chamado "Projeto Cambucás", desenvolvido pelos próprios alunos.

Com a divulgação do Cd-Rom e, logicamente, de seu conteúdo, o Projeto Cambucás expandiu-se e as visitas à Reserva dos Cambucás tornaram-se constantes.

Hoje o Projeto Cambucás é um compromisso assumido pelo Colégio Euclides da Cunha, a partir do qual desenvolvemos diferentes atividades relacionadas à educação ambiental.

Ficou interessado em nossa história? Vamos contá-la aos poucos. Mantenha suas visitas e saberá mais sobre o Projeto Cambucás.

O Cambucá

Você conhece essa árvore?

Já comeu o seu fruto?

Por aqui se fala tanto em cambucá, mas muita gente não conhece nem árvore, nem fruto. É uma pena... Mas vamos mudar essa situação e tornar o cambucá mais conhecido e mais plantado.

O cambucá, ou cambucazeiro, é identificado cientificamente pelo nome Plinia edulis; é da família Myrtaceae, como a jabuticaba, a pitanga, o araçá... Ou seja, é de uma família de fruta boa!

O cambucá é um árvore nativa de Mata Atlântica, e é muito "caprichosa": "é rara e pode ser encontrada em várzeas aluviais e início de encostas úmidas, quase que exclusivamente no inetrior de mata primária densa, sua produção de semente é irregular e pequena ( Lorenzi, Harri, Árvores Brasileiras)".

Com a redução da área ocupada pela Mata Atlântica e pelo seu sofrimento constante em função das ações do homem, não é de se admirar que o cambucá se torne cada vez mais raro.

Muitas pessoas têm o cambucá plantado em seus quintais, sítios e fazendas. Ela é um bela árvore e sua copa tem o formato piramidal. É uma árvore muito semelhante à jabuticabeira e cresce lentamente como ela. Mas vale esperar por seu crescimento. Seus frutos são saborosos (mais do que jabuticaba, se é que isso é possível!) e atraem muitos pássaros.

Normalmente a floração ocorre a partir do final de outubro e prolonga-se até dezembro. Os frutos amadurecem de dezembro a janeiro. (Mas como o clima está "louco", neste ano deu frutos também em maio, junho e julho. A foto desta postagem foi tirada em junho deste ano).

Deu vontade de comer cambucá?

Plante um, dois, vários, muitos! Você não vai se arrepender e seus filhos e netos vão lhe agradecer! E nós também!